Vai chegando o final do ano e bate aquela vontade de mudar tudo. Começam as listas de resoluções com a frase: “O próximo ano vai ser o meu ano”. E aí o ano começa, a vida acontece e quando a gente se dá conta, estamos no final do ano.
Mais uma vez.
E a roda continua girando. Para o lado errado.
Nem sempre mudar de carreira é algo simples, mas é possível se você tiver um objetivo definido. O problema é que, na maioria das vezes, a gente não tem.
E é sobre esse objetivo que vamos conversar hoje. Então, pega seu café e bora!
O ano de 2019 foi o pior e o melhor ano da minha carreira. Digo o pior porque, naquele ano, tive um burnout que resultou numa paralisia facial que me tirou do eixo. E digo o melhor porque, depois que tive a paralisia, entendi que precisava assumir o comando da minha carreira.
Embora naquele ano tivesse completado 20 anos trabalhando no RH, confesso que era muito mais fácil fazer folha de pagamento, treinamento, desenvolvimento e plano de cargos e salários para as empresas em que atuava. E, devido à correria do trabalho, não me preocupava muito com a minha carreira.
Depois daquele “pescotapa” que levei, entendi que o mundo não girava em torno do meu umbigo e que tudo continuaria do mesmo jeito se eu não tomasse a iniciativa e fizesse algo por mim, pela minha carreira e, em consequência, pela minha família.
E se você é mulher e mãe, vai me entender aqui. A gente carrega uma culpa eterna. De nunca dar conta, de não poder fazer um clone de si mesma e estar ao mesmo tempo entregando um relatório e recebendo flores de papel crepom na festa da escola do filho caçula.
Do lado de cá, via meus filhos crescendo e eu deixando de lado minha presença em alguns momentos da vida deles que eu acreditava não serem mais tão importantes. Depois, senti uma tristeza quando meu filho recebeu um prêmio na escola e ninguém da família estava lá para aplaudir. Só entendi a besteira que tinha feito quando vi as fotos e chorei escondida enquanto tomava banho.
Isso nunca volta. Esse pequeno momento de 5 minutos que ele subiu ao palco para receber o prêmio NUNCA mais irá se repetir e eu PERDI.
Esses sentimentos de culpa foram se acumulando dentro de mim como uma pilha de roupa lavada que a gente enrola para guardar no armário. Aos pouquinhos, fui vendo aquela pilha de ausências crescendo e o impacto disso na minha vida e na deles. Entendi que, no final, quando eu estiver velhinha fazendo um overview de tudo que vivi, minha lembrança não seria da pauta da reunião e sim do dia que eu vi a carinha triste dele porque a mão não o aplaudiu naquele palco.
E sendo muito honesta, não eram essas lembranças que eu queria ter. Eu queria fazer parte da família que eu construí e não ser a coadjuvante.
Mesmo que isso significasse dar um reset na minha carreira e recomeçar do zero.
E foi o que eu fiz. Reescrevi, desenhei e botei tudo em prática naquele 2019.
Não te falei que 2019 tinha sido o ano?
A parte onde eu tive medo foi substituída pelo simples fato de que entendi que, mesmo que eu me matasse de trabalhar, dificilmente, num mundo corporativo androcêntrico, teria um salário ou reconhecimento igual ao dos homens que ocupavam os mesmos cargos que eu. E que sempre veria os olhos da minha liderança revirando quando eu reclamava do meu par tóxico.
Seria uma vida inteira de insatisfação misturada com medo de tentar algo do meu jeito, com a minha cara e que ainda me sobrasse tempo para passar com meus filhos o pouco tempo que ainda restava deles morando na nossa casa.
E, de verdade, não queria mais que esses momentos continuassem sendo substituídos pela frase: “Desculpa, filho. Tenho uma reunião e não poderei ir.”
Paralelo a isso, entendi que fazer uma transição de carreira não era um projeto de curto prazo. Eu teria que ter um planejamento financeiro, construir uma autoridade, uma imagem, e as pessoas deveriam me ver como alguém relevante que pudesse vender uma consultoria de carreira, um treinamento corporativo e ainda estivessem interessadas em pagar um valor que me permitira sair do emprego fixo.
Isso não acontece da noite para o dia, mas eu decidi que iria começar e, uma hora, as coisas dariam certo.
O incômodo de continuar trabalhando numa empresa que não me fazia mais feliz foi substituído por um novo olhar: essa empresa é a patrocinadora do meu sonho. Entendi que ver o emprego da época dessa forma me dava força para acordar todos os dias, vestir meu look de gestora de RH e, em paralelo, montar minha consultoria.
Fácil? Jamais! Mas possível. E foi nesse possível que me agarrei.
Foi o ano que trabalhei todos os dias no CLT e todas as noites na minha consultoria. No início de 2020, pedi demissão e consegui sair de 250 conexões no LinkedIn para 100 mil seguidores, o que me deu a autoridade que eu precisava para atrair clientes, vender serviços, fazer muito networking e, mesmo tendo uma pandemia no meio desse rolê, eu não quebrei. Peguei o meu limão e fiz uma limonada e muitas caipirinhas para aguentar o tranco no final do dia.
Nesses 5 anos, sabe o que rolou até aqui?
- Atendi mais de 1000 pessoas;
- Dei mentorias individuais e em grupo;
- Treinamento corporativo;
- Realizei meu sonho de ser professora na maior universidade privada do Brasil;
- Participei de lives, podcasts e dei palestras no Brasil, Portugal e Angola;
- Fui entrevistada pelo Milton Beck no 3 in 3;
- Morei 6 meses em Portugal para fazer networking e pesquisas nas empresas na Europa;
- Dei entrevistas para muitos jornais e revistas na comunidade lusófona;
- Fiz um projeto incrível de conteúdo com a minha amiga;
- Criei com a Dalva Corrêa o Podcast 46 minutos e estamos entrevistando uma galera TOP;
- Fui eleita TOP 100 influenciadora de RH;
- Fui eleita TOP 100 Profissional de RH e gestão de pessoas em 2024;
- Sou Creator aqui no LinkedIn;
- Dei palestra esse ano no Rio Innovation Week;
- Fui Creator do RD Summit 2024, fazendo a cobertura oficial do evento a convite deles;
- Acabei de chegar do Web Summit Lisboa a convite do VP do evento.
E tem muito mais coisas vindo por aí.
E sabe por que estou te contando tudo isso? Porque o medo faz parte da nossa vida, mas quando a gente tem um objetivo definido, a gente faz acontecer, a gente se vira.
Porque, se do jeito que está agora, não está mais te fazendo bem, só você pode dar um basta e ser a história que você gostaria de contar.
E, embora eu seja Mastercoach, isso não é papo de coach. Estou te contando a minha história de transição de carreira para que você saiba que eu posso te ajudar a construir a sua.
Então, bora botar a mão na massa?
No dia 26/11, às 12h BR, vou dar uma aula gratuita no Zoom para você:
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E estou fazendo umas lives no meu instagram também. Se ainda não me segue lá, vem que estou te esperando.