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A necessidade constante de estar em ação

 

No último sábado, como de praxe, antes das 6h estava de pé na cozinha esquentando a água para fazer meu mate e o café. Enquanto isso, ouvia Altitude Music, que ganhou meu coração todas as manhãs.

Sentei no sofá, estiquei as pernas, tomei meu mate e já conversava com minha irmã para saber se meu sobrinho estava se sentindo melhor. Peguei o computador, abri o aplicativo de leitura, dei uma varrida nos jornais e fechei a tela.

Tenho que fazer minha meditação, pensei… mas liguei a TV.

Já eram quase 9h quando terminei de tomar café da manhã assistindo dois episódios de uma série nova, mas com o pensamento no que iria fazer para o almoço e nas pendências da semana que tinha prometido resolver naquele dia.

Tenho que lançar as notas dos alunos, pensei …

Levantei, tomei um banho, joguei umas peças de roupa na maquina de lavar, peguei uma xícara de café e liguei o computador. Vou trabalhar, avisei ao marido que a essa altura também trabalhava na sala com o computador no colo.

E comecei no flow a resolver as pendências da semana. E-mails presos na caixa de entrada, sistema desconfigurado que estava me dando uma dor de cabeça danada, mensagens no inbox, whats app, organização dos conteúdos.

Quando vi já era hora do almoço e os meninos logo chegariam do escoteiro, como dois dragões, cheios de fome. Corri para a cozinha, preparei um almoço rápido, organizei mais algumas coisas e bateu aquela lombeira pós estrogonoff…

Vou descansar um pouco…

Deitei e apaguei.


Acho que dormi por 2 horas e acordei num sobressalto pensando nas coisas que tinha que fazer. Mas depois pensei que tinha sido bom relaxar aquelas horas…

Levantei, fiz outro café e liguei o computador novamente. Revisei os trabalhos dos alunos, lancei as notas no sistema, resolvi pendências do financeiro da empresa e fiz alguns contatos. E no meio do caminho, tive algumas ideias legais que corri para anotar.

Ainda tinham outras coisas que eu queria fazer e ainda estava cogitando ir ao cinema. Mas, juro, fiquei com preguiça.

Saí da mesa, fui para a sala com o computador no colo, sentei no sofá “para relaxar” enquanto lia alguma coisa. Foram 3 revistas de cabo a rabo, alguns e-mails enviados e uma olhada rápida no linkedin.

Quando vi já eram 20h30 e precisava tomar outro banho para assistir o casamento de José Inocêncio e Mariana em Renascer. Peguei uma água, fui até a varanda ver o movimento da rua, e por um segundo pensei: Caramba, não fiz nada hoje.

Tu acredita numa coisa dessas?

Mas durou só um segundo, porque imediatamente eu parei e disse em voz alta: –– Ticyana, você fez coisa pra caramba hoje! Amanhã tu vai a praia.

E me lembrei da importância de anotar tudo que fiz no dia para confirmar para meu cérebro que realmente estava produzindo alguma coisa.

A pergunta que fica é: confirmar para quem?

Para quem precisamos confirmar que estamos sempre em ação?

Obrigada por chegar até aqui aqui.

Beijo no ♥

Ticy